segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

<< Onde? >>

Olhe para trás. Como foi este ano? Cheio ou vazio? Faça uma retrospectiva da sua vida, especialmente nestes últimos 12 meses. Foi um ano cheio de vitórias ou de frustrações? Como está o seu coração? Ele está cheio coisas ou de pessoas? Cheio de disputas ou de reconciliações? Está vazio de ressentimentos ou de esperança?

Um mundo cheio de si
Vivemos num mundo cheio de si. Um mundo de Narciso. Aquele ser mitológico que ao ver sua imagem refletida na água ficou tão deslumbrado que se afogou numa paixão desenfreada por ele próprio. A idolatria de si mesmo está alastrada em nossa sociedade e afogando muitos em si mesmos. Redes sociais se parecem cada vez mais com um outdoor promocional do “Eu” de cada um. Até tivemos o acréscimo do termo selfie aos nossos dicionários, o que revela o peso do quanto focalizamos em nós mesmos.

Este problema é antigo. Acompanha-nos desde a maternidade. Enquanto bebês somos o centro do Universo. Crescer, portanto, é descobrir lentamente que o outro existe, e que ele não vive apenas para satisfazer minhas vontades. E é aí que reside o nosso maior desafio: aprender a deixar de ser o centro do mundo. Contudo, a busca de significado tem sido uma frustração para muitos porque o ser humano tem buscado a solução dentro de si, enquanto que a verdadeira resposta está fora dele. Ao invés de afastar-se do problema, ele mergulha ainda mais fundo.

Um mundo vazio dos outros
Estamos perdendo a capacidade e sensibilidade de olhar para o lado. Assim, o tempo, precioso elemento da vida, é gasto em longas horas de trabalho, trocado por dinheiro, para se contrair mais dívidas, comprando inutilidades. Estamos cheios de coisas e vazios de relacionamentos. Cheios de status, prestigio profissional e troféus acadêmicos, mas vazios de paz, de noites tranquilas de sono, de famílias equilibradas, de risadas espontâneas sem a necessidade de entorpecentes. E assim, cheios de nós e vazios dos outros, ao cultuar nossas realizações ficamos enfadados “porque não somos capazes de nos elevar acima de nós próprios”. (Amin Rodor, Encontros com Deus).

O materialismo coloca uma etiqueta errada de preço nas coisas, além de tentar etiquetar também nossas amizades, família, sonhos e até o próprio Deus. Começamos a achar pouco lucrativo investir nos outros. Os pronomes “eu” e “meu” estão, cada vez mais, ampliando seu domínio sobre cada pessoa, tirando dela o outro que traz sentido à vida. Não é por acaso que a clássica obra do filósofo francês Lipovetsky, que retrata nossa época, seja intitulada: “A Era do Vazio: um ensaio sobre o individualismo contemporâneo”.

Esta é a consequência imediata do egocentrismo: “quem está muito preocupado consigo não pode ver os outros nem suas necessidades”. Por não conhecermos as pessoas, estarmos distantes, as interações se tornam marcadas por desconfiança e suspeita. Não apenas os vemos como estranhos, mas por vezes até como inimigos, concorrentes. Porque queremos ser os primeiros, competimos com todos em tudo. Isto está estampado nas camisas de times de futebol, de turmas de formandos, de partidos políticos, etc. Desde pequenos, nós corremos com nosso “irmãozinho” para o parque ansiosos para gritar: “Cheguei primeiro, ganhei!”. Parece que não estamos felizes se não deixarmos alguém pra trás. Porque não tratamos os outros como gostaríamos que fôssemos tratados? Mesmo no relacionamento com pessoas próximas é comum tentar substituir a ausência por presentes. É como se disséssemos: “As coisas expressam nosso amor melhor do que a nossa mera presença.” (Amin Rodor, Encontros com Deus).

Qual é a comida preferida do seu pai? O que traz mais alegria para o seu cônjuge? Com que tem sonhado a sua filha? Você permitiu que seus amigos mais chegados soubessem das batalhas que você enfrentou este ano? Alguém sabe o que está doendo aí dentro?

Enfim, estamos correndo atrás do que? Estamos brigando pelo que? Será que está valendo a pena?

Mas afinal de contas, será que o bebê natalino pode mesmo dar um jeito neste nosso antropocentrismo? Quem é Jesus Cristo? Leia este texto das Escrituras:

Nada façam por ambição egoísta ou por vaidade, mas humildemente considerem os outros superiores a si mesmos. Cada um cuide, não somente dos seus interesses, mas também dos interesses dos outros. Seja a atitude de vocês a mesma de Cristo Jesus, que, embora sendo Deus, não considerou que o ser igual a Deus era algo a que devia apegar-se; mas esvaziou-se a si mesmo, vindo a ser servo, tornando-se semelhante aos homens. E, sendo encontrado em forma humana, humilhou-se a si mesmo e foi obediente até à morte, e morte de cruz! (Filipenses 2:3-8)

Jesus é cheio da divindade
A bíblia afirma que em Jesus reside toda a plenitude de Deus (Colossenses 2:9). A expressão quer dizer literalmente que Ele é a manifestação visível da natureza divina. Jesus é cheio de Deus. Olhamos pra Cristo e vemos a Deus. Esta condição é real, inamovível e eterna. Em contraste com a condição do nosso mundo e suas ilusões, todas voláteis, virtuais, mutáveis e efêmeras.

Jesus se esvaziou de si mesmo
Contudo, Jesus não lidou com sua divindade com obsessivo apego. Não olhava pra ela como um objeto de caça, uma presa a ser apanhada e devorada. Quando estamos inseguros sobre uma posição ou uma posse, nos agarramos com unhas e dentes àquilo que tememos perder. Mas Jesus é diferente. Ele é tão seguro de Si, tão livre, tão soberano, que foi capaz de esvaziar-se de Si mesmo. Jesus não lida com o poder como geralmente lidamos. Jesus nunca recorreu aquela famosa fórmula da insegurança humana: “você sabe com quem está falando?”. Para Ele poder não era para ser usado.

Do que exatamente Jesus se esvaziou? Não da sua divindade, mas do uso dela. Ele abriu mão da Sua glória, Sua coroa, Seu trono, das cortes celestiais, do Seu alto comando, do Seu lar celestial. Porém, quanto à Sua divindade Ele apenas a anestesiou. Ela esteve ali resguardada, privada de força, inutilizada.

Segundo o teólogo Amin Rodor, “para Jesus era tão difícil permanecer em nosso nível como para nós é difícil elevar-nos acima de nossa realidade degenerada”. Mas Ele escolheu livremente se esvaziar. O Criador decidiu ser amamentado, conduzido e carregado pela criatura. Como disse o escritor e pastor Max Lucado: “Ele podia segurar o universo na palma da mão, mas abdicou disso para flutuar no ventre de uma virgem.”.

Jesus se encheu da humanidade na forma de servo
Todavia Ele não apenas se esvaziou; Jesus também se encheu da nossa humanidade. Nasceu sob o cheiro do curral, desenvolveu-se como uma criança comum, aprendeu a trabalhar a madeira e sentiu a ponta das farpas na mão. Caminhou, teve fome, sede, angústia, alegria e dor. Viajou, celebrou, pregou e chorou numa terra com uma área não muito diferente da de Alagoas. Quando teve sono, dependeu da boa vontade de pessoas hospitaleiras. Montou um jumento e sangrou numa cruz entre dois ladrões. Soube o que significa ser julgado injustamente. Foi sepultado num túmulo emprestado. Realmente um mausoléu ornamentado não faria qualquer sentido para quem não pretendia ficar na tumba por muito tempo. Você consegue se identificar com Ele? Bem, Ele se identificou com você.

Nas palavras da escritora norte-americana Ellen White, “Cristo vestiu Sua divindade com a humanidade”. Mas tinha que ser tão penoso? Por que ao invés de nascer num estábulo, Ele não veio como um filho do imperador romano num palácio, por exemplo? Bom, para quem é Senhor do Universo, continuaria sendo tão humilhante quanto.

Ele se fez escravo, para que nada mais nos escravize. Ele nasceu de modo sobrenatural neste mundo para que um novo nascimento também ocorra com cada um de nós; e em cada um de nós. Ele também saiu de modo sobrenatural deste mundo, para que nós pudéssemos sonhar e ter certeza de um destino semelhante.

E por Ele ter se esvaziado e se enchido com a nossa humanidade, nós agora podemos nos esvaziar de nós mesmos e sermos cheios dEle. Ele participou de nossa natureza, para que nós possamos participar da gloriosa natureza divina.

Concluindo…
Sendo assim, será que vale mesmo a pena ser cheio de si e vazio dos outros? E vazio dEle?
Saber verdadeiramente quem sou e qual é o propósito da minha vida não seria o caminho da liberdade para olhar para os outros como Cristo olha pra mim?

Então, onde é Natal? É onde há espaço para a vida de Cristo nascer.

Portanto, vamos esvaziar nossos corações de tudo aquilo que está ocupando o lugar do mais importante e deixar que o Natal aconteça aqui dentro. Vamos abrir nossa vida para que Cristo nasça e faça morada em nós; não só neste Natal, mas todos os dias da nossa vida até o dia do retorno glorioso do nosso Servo Rei, bebê-Deus, Jesus Cristo. Para tanto, você precisa abrir o presente que Ele te enviou: a Bíblia. Você vai encontrá-Lo aqui. Não na opinião dos outros, nem nas mídias e nem na vida de muitos pretensos seguidores dEle. Você precisa visitá-Lo na Bíblia. Sinta-se sempre em casa.

Ps.: Texto adaptado da mensagem "Onde é Natal?" apresentada na Cantata de Natal | ENOTE BH – Dez.2014

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

<< Observem >>

Olhando para o ano que passou e para os recentes acontecimentos, regozijo-me pela maravilhosa graça de poder perceber a mão da providência de Deus em cada detalhe de nossas vidas. Sem dúvida, ver Deus - e não o acaso - é uma bênção extraordinária (Mateus 5:8). Você pode (quer) ver?

Em vista de tanto tempo sem dar notícias, minúcias ficarão de lado. E aí vai um "breve" update:

Penso que o 1º ano do seminário me deu um senso um pouco mais real da profundidade, infinitude e poder das Escrituras Sagradas, bem como da minha pequenez de compreensão, valorização e paixão pela Revelação de Deus. Preciso de mais; muito mais. Entre tantas matérias fascinantes, estudar Hebraico (já engatinhando na tradução) e o Pentateuco foi realizar o sonho de ler os originais bíblicos. O próximo passo é o grego. Empolgadíssimo para mais crescimento no entendimento, devoção e dependência da Palavra de Deus.

Tenho conhecido grandes homens de Deus, entre professores e seminaristas, e tido o privilégio de aprender sobre o poder do chamado divino na vida de pecadores dos mais variados tipos.

Nas férias de Inverno e Verão, participei da missão de Colportagem Estudantil em Sete Lagoas e Vespasiano, respectivamente. Iniciado no séc. XII pelos Valdenses, este ministério semeou a Verdade por meio de missionários "comerciantes", que dentre os bens preciosos que levavam estava o mais valioso de todos: a Palavra de Deus. O mesmo ocorreu com os estudantes de Lutero durante a reforma e hoje conosco. Encontramos muitos lares com pessoas abertas para o Evangelho de Jesus Cristo.

Após um mês aproximadamente que nos mudamos para o UNASP, o Senhor proveu um emprego para minha esposa. A provisão financeira do ano veio principalmente daí, juntamente com doações de irmãos e familiares. Só em Dezembro consegui alguma coisa de trabalho para mim, mas também por pouco tempo.

Após passarmos o Natal com os cunhados e o Ano Novo com meus pais e o Wellington (pernambucano abençoado), tive o prazer de rever minha irmã após vários e longos meses. Bem vinda de volta ao aprisco, Ovelha!

Todavia, além de chegar a caçula da família veio também, de casa, uma notícia desafiadora. Minha esposa estava sendo dispensada do trabalho por "encerramento de atividades" da empresa e eu ainda não havia nada em vista pra nenhum de nós dois. O que fazer? Bem, orar e esperar no Senhor. É a melhor e única opção viável e segura. Nos entregamos a Ele mais uma vez, buscando paz em Seu descanso e refletindo no que estava à nossa mão para fazer. 

No dia seguinte, decidimos ler um cartão enviado pela minha família portuguesa: os Quatro Coelhos. O envelope foi-me entregue dois dias antes, mas quis lê-lo junto com minha esposa num momento oportuno. Ao retirar a mensagem do envelope, qual não foi a surpresa ao cair no meu colo o valor exato em dinheiro de um mês de trabalho. Os dizeres - cheios do amor de Deus expresso por grafia e atos humanos - descreviam a intenção de ser este um presente de casamento reservado até aquele instante. Mal sabiam eles e nós que tal presente representaria a expressão exata e oportuna de Deus dizendo mais uma vez: "Aquietem-se, filhos. E saibam que Eu Sou Deus". Enquanto eu orava com minha mulher entregando e crendo na provisão futura do Senhor a resposta já era presente. Literalmente falando (se é que você me entende)..

Por fim, há dois dias atrás fui admitido por meio período para trabalhar na minha área numa clinica de vida saudável. Mais uma demonstração das provisões constantes e oportunas do Senhor.

Como disse Cristo: "Observem as aves do céu: não semeiam nem colhem nem armazenam em celeiros; contudo, o Pai celestial as alimenta. Não têm vocês muito mais valor do que elas? Quem de vocês, por mais que se preocupe, pode acrescentar uma hora que seja à sua vida?" (Mt 6:26,27)

Fica o convite e a indagação.

segunda-feira, 27 de maio de 2013

<< Papel >>


Revolucionário.
Frágil, esbelto e acessível, porém capaz de transformar.
O branco, após o risco, vira recado, lembrete, receita, carta, multa, diagnostico, propaganda, convite, tese, notícia, livro, certidão, obituário, diploma, lixo…

Um embrulha o pão, outro promulga a guerra; um em dobraduras é avião, outro instrui como cultivar a terra.
Há páginas que libertam escravos, enquanto outras picotam a alma humana em confetes que nem para rascunho servem.
Por quê a discrepância?
A límpida folha herda as intenções daquele que a manipula.
O papel transporta a honra do autor…
fundindo-se nela. 

Há 365 dias, são duas folhas numa só história: o Autor da Vida começou a redigir em nós – juntos – a glória de Sua imagem.
Renego com alegria, Mulher, o papelão de tentar sobrepor o papel ao Escritor.
Imprime em nós, Pai, a Tua Palavra!
Bom é Amar vocês. 
Romanos 11:36

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

<< Ch-amado >>

Que a graça do Senhor Jesus, o amor do Pai e a comunhão do Espírito Santo esteja com todos vocês.

Após mais de um ano de pausa, volto a escrever no blog. Desculpem-me pela falta de comunicação. Para entender um pouco mais sobre esta segunda temporada, clique aqui.

Por vezes, os movimentos da vida acontecem comigo numa velocidade que nem eu mesmo consigo acompanhar. E essa vinda para SP foi uma dessas. Estranho para alguns, óbvio para outros - e ambos para mim: estou no início do 1º ano de Teologia.

O processo não aconteceu do nada nem por acaso. Foi gradativo e encaminhado, creio de coração, pelo Espírito Santo. A sede e a volição da minha alma, desde que me converti em 2005, levaram-me para Jesus e para tudo o que se refere a Ele com crescente intensidade. O passo de largar emprego, concurso público, cidade natal e tudo mais, para iniciar o seminário, ainda é um mistério que estou desvendando. Mas com muita paz de ser o Caminho de Deus pra mim e minha esposa. Rogo ao Altíssimo que seja esta uma sensibilidade aguçada da nova natureza reconhecendo a liderança do Espírito Santo, ao mesmo tempo que um silenciar expansivo da dubiedade da minha carne e dos enganos do meu coração. Desconfio muito de mim mesmo.

Há menos de duas semanas, nos instalamos numa quitinete de dois cômodos, que fica a 2 km da faculdade aproximadamente. Meus pais nos trouxeram e a mudança veio com a tia Márcia e o Decinho. O Marcelo (2º ano de teologia) e sua esposa Renata deram uma força e tanto na chegada, enquanto que Alex, Danilo, Jonny, Vinícius - e até o mestre Waldir, a Nalva e a Paula - ajudaram-nos na saída de BH. Bençãos de Deus.

Nossa moradia aqui é bem simples, mas nos coube bem juntamente com nossas coisas (e estamos abertos a visitas!). Fica localizado num bairro improvisado, ao lado do UNASP. Bem, tudo gira por aqui em torno da Instituição. Como a mesma estabeleceu-se entre duas cidades, não temos grandes recursos nas redondezas. Todavia, estamos nos adaptando. E orando pela provisão de trabalho.

Por falar nisto, quero louvar a Deus por todas as pessoas que tem se levantado para nos apoiar com orações e com recursos financeiros. Quem são sabem. Que Deus multiplique 100 vezes mais essa semente na vida de todos vocês, amados e graciosos irmãos. Deus nos proveu a primeira mensalidade e o primeiro aluguel, a bicicleta e seus reparos, nossa primeira compra de supermercado, nossa mudança e ainda alguma reserva através de homens e mulheres que amam a Deus e a nós. Além disso, a constante intercessão e mensagens de encorajamento de vocês, irmãos, tem nos animado e nos fortalecido. Não somos dignos de tanta graça.

A vida no campus tem sido cheia. Os professores do seminário são, em geral, exigentes. E glórias a Deus por isso. Há uma quantidade considerável de leitura semanal, resenhas e avaliações constantes. Existe também uma preocupação séria com a comunhão do teologando com Deus, com sua caminhada pessoal com Cristo e com sua coerência de vida, em todos os âmbitos possíveis. Tenho tido oportunidade de aprender bastante com tudo isto. E este é um dos meus principais objetivos. Estou submisso ao que o Senhor deseja burilar em mim, e disposto a agregar experiência e conhecimento sob a liderança dos homens que Ele soberanamente escalou e permitiu que aqui estivessem.

Ainda não temos telefone e internet. Portanto, tenham um pouco de paciência quanto as notícias. Pedimos que orem para que não fiquemos ansiosos quanto ao trabalho e a provisão, mas que tenhamos a sabedoria e a paz para buscarmos e nos deleitarmos no Senhor em primeiro lugar, certos de que todas as coisas serão acrescentadas (Mt 6:25-33). Esta semana estamos aguardando algumas possibilidades de emprego. Que a vontade de Deus se cumpra em nós.

Já tivemos tempo suficiente para perceber quantos lutadores vivem por aqui. Há vizinhos nossos com histórias de vida nada fáceis. Em breve compartilho aqui no blog. Todavia, a alegria do Senhor tem sido a força de muitos deles e a nossa. Confiança em Cristo Jesus, no Seu poder e no Seu amor, é o abrigo onde temos nos refugiado com júbilo.

Saudades. No amor de Cristo,

Weslley Moura

O meu Deus suprirá todas as necessidades de vocês, de acordo com as suas gloriosas riquezas em Cristo Jesus.
Filipenses 4:19

ps.: A foto do post foi tirada aqui no UNASP-EC pela maninha Ana Paula Pirani.
Filipenses 4:19

segunda-feira, 27 de junho de 2011

< Frutos >

Pela graça de Deus, um tempo pra escrever aqui novamente. E é na graça que anseio ser envolvido, é por ela que meu coração clama e é nesta esperança que repousa a paz que me satisfaz. Nada que seja menos que a graça pode me preencher. O Senhor tem me mostrado intensamente nestas últimas semanas como esse mundo é sem graça. Em todos os sentidos possíveis.

Infelizmente o fermento dos fariseus leveda para todos os lados. Àqueles que se consideram mestres na arte de julgar e decretar sentenças estão soltos aos milhares, ao serviço do Acusador dos irmãos (Apocalipse 12:10). E é triste reconhecer que alguns deles não só permeiam a igreja cristã como também estão a exercer uma forte liderança sobre ela.

Qual é a razão da existência da igreja? Afinal de contas, para que propósito fomos chamados? A Bíblia, creio eu, ensina-nos que fomos criados pra amar e, amando, glorificar a Deus. Ao estudar as Escrituras, imagino que a preocupação central de Jesus a meu respeito é se eu amei bem e não se julguei bem o meu próximo. O amor é nossa identidade, pois só amando uns aos outros seremos reconhecidos como Seus discípulos (João 13:34, 35). O amor é o meio e o alvo do crescimento da igreja para que seja plena em Deus, fazendo de nós uma verdadeira comunidade (Efésios 3:14-19). O resumo, o princípio e a finalidade da Lei é o amor (Mateus 22:37-40). O amor encoberta uma multidão de pecados (I Pedro 4:8). Permanecer no amor de Deus e em amor uns pelos outros é a chave para a nossa plena alegria (João 15:9-11). E por aí vai..

Em contraste, lembro-me da história contada por Philip Yancey, no início de seu livro Maravilhosa Graça, sobre uma prostituta. Estava ela desesperada por não conseguir resolver seus problemas com drogas, doença, falta de alimento, abrigo e outros mais. Em prantos confessou que alugava, além de seu corpo, a própria filha de dois anos de idade a certos indivíduos que estariam dispostos a tal aberração. Quando questionada se ela nunca havia pensado em procurar uma igreja pra pedir auxílio, o olhar e a resposta daquela mulher revelaram quão assustadora era a proposta: “Igreja! Por que eu iria a uma igreja? Eu já me sinto terrível o suficiente. Eles vão me fazer sentir ainda pior.” (p. 9)

Se a igreja foi chamada para amar, por que não é esta a percepção que grande parte do mundo não-cristão possui da igreja? Talvez, ao invés de nos focalizarmos em experimentar o amor e a graça de Jesus para transbordar aos outros, temos investido nosso tempo e forças naquilo que somos completamente incompetentes: promulgar sentenças e vereditos aos que nos rodeiam. Talvez o mundo esteja tão bagunçado porque nós, como igreja, mais vedamos que facilitamos o acesso das pessoas ao amor de Deus. Ainda que se encontrem afundados na lama, muitos olham para a igreja e não lhes parece ser vantajoso juntar-se a ela.

Jesus afirmou certa vez que a capacidade de amar está diretamente ligada com o perdão recebido (Lucas 7:36-47). Para Cristo, quanto maior for a o tamanho da dívida perdoada, maior será o amor retribuído. O problema é que, por vezes, a cegueira espiritual trava o processo. Acontece repetidamente em corações orgulhosos um fenômeno de amnésia da graça. Quem diz reger sua vida baseando-a no evangelho não pode esquecer-se que a única coisa que merece é a morte (Romanos 6:23). Mas, nem sempre é o caso. O Salvador demonstrou esta patologia da alma numa simples parábola que revela proporções eternas para a falta de perdão e graça (Mateus 18:21-35). O senso deturpado de merecimento é um câncer para a vitalidade da graça.

Deus, em sua infinita sabedoria, nos ensina a como lidar com o pecado. Até com o pecado do nosso irmão. Se notarmos alguma desarmonia em um outro membro do corpo de Cristo, temos instruções claríssimas na Palavra em como proceder (Mateus 18:15-17). É pra ser feito de maneira individual a princípio, diretamente com a pessoa e, somente se necessário, envolver outros irmãos. Mas tudo de forma cuidadosa, pessoal e com o claro objetivo de amar e restaurar o irmão no caminho da Verdade. Cabe relembrar que mal entendidos e interpretações erradas são geralmente frequentes e prováveis. A guia do Espírito Santo é indispensável em todo o processo.

No capítulo 7 do Evangelho de Mateus, Jesus apresenta dois juízos distintos: um desejável e outro dispensável. Somos livres para nos empenhar no que quisermos, mas as consequências virão em consonância com nossas escolhas. O juízo recomendado é reconhecer frutos (vs. 15-23), o desprezível é medir pecados (vs. 1-5). O primeiro nos auxilia, no mínimo, a discernir a vontade de Deus e reconhecer que liderança devemos seguir e desempenhar. O segundo revela, no mínimo, nossa falta de discernimento, tanto da vontade de Deus quanto da nossa pecaminosidade, e determina a rigidez da nossa própria condenação ao julgarmos os outros. Interessante notar que, entre estes dois trechos, Jesus discorre sobre a benévola resposta de Deus à oração, exorta a fazermos aos outros o que gostaríamos que fosse feito a nós, e convida-nos a entrar na porta estreita onde há Vida. Bem.. Nada é por acaso.

Gostaria de encerrar com uma parábola contemporânea que ouvi de um amigo. Certa mulher cristã frequentava uma igreja com sua família. Sua irmã envolveu-se com outra denominação religiosa e acabou sendo excluída daquela comunidade. Tempos depois, o pastor desta congregação acabou também se envolvendo com outra denominação religiosa. O assunto vazou e, havendo grande agitação, os superiores eclesiásticos vieram de longe para conversar com a igreja e comunicar a disciplina estabelecida àquele pastor: durante um mês, ficaria sem salário e cortado do rol de membros. Depois deste período, voltaria às suas atividades habituais como pastor. Este, após ouvir sua sanção, pede desculpas à igreja. Enquanto boa parte dos “irmãos” enfurecia-se por entenderem que a pena era demasiado leve, aquela mulher cristã levanta-se e pede que seja lido I Coríntios 13. Os que presidiam aquela reunião recusaram-se. Acharam desnecessário, alegando que todos já sabiam o que lá estava escrito. Então ela insiste e questiona: afinal de contas, perdoamos ou não perdoamos?

A graça é assim. Como uma flor que brota no meio de um rochedo. Como um banho de água fresca após dias no deserto. A graça não devolve em moeda humana, mas transborda um amor que nasceu no coração de Deus. A graça torna nossa família consideravelmente mais numerosa. A graça não trata um pastor como um empregado de uma empresa, mas como um irmão que carece ser amado. A graça concede o que precisamos e não o que merecemos. A graça jamais considera suficiente a quantidade de vezes que já passamos os olhos pelo "Salmo do amor". A graça sempre relembra que ainda que eu dê tudo o que tenho aos pobres e entregue meu corpo pra ser queimado, se não tiver amor, tal abnegação não passará de uma oferta vazia e inútil. A graça não é dimensionada em termos de prata ou ouro, mas é cotada com sangue divino. A porta estreita é a graça para todos aqueles que estavam destinados a rolar pelo largo portão do inferno. A graça é Jesus e o nosso Senhor é indescritível.

Gordon MacDonald identificou, citação também inserida no referido livro de Yancey, que “o mundo pode fazer quase tudo tão bem ou melhor que a igreja. Você não precisa ser cristão pra construir casas, alimentar os famintos ou curar os enfermos. Há apenas uma coisa que o mundo não pode fazer. Ele não pode oferecer graça.” (p. 13). É possível que a graça seja uma espécie de termômetro para evidenciar se na verdade somos mesmo uma igreja ou apenas um bando de religiosos. É fundamental reconhecer os frutos. E só é possível frutificar estando ligados à Videira Verdadeira (João 15:5).

Se você tem sido julgado lembre-se que seu passado já está cravado na cruz, e o acesso ao perdão é apenas joelho no chão e arrependimento no coração (Salmo 51:17; Hebreus 9:14; I João 1:9). Se você tem se dedicado a nomear e quantificar pecados dos outros, definindo-lhes seu destino eterno, quero te encorajar a se ocupar com algo que realmente é digno em preencher seu tempo e desejo: conheça Jesus (João 4:10; 5:24-25; 8:12, 32).

É bom saber que, apesar do que contemplamos normalmente, ainda há graça. Jesus está vivo. E ainda vive também no coração de homens e mulheres ao redor do globo. Eu e você podemos ser estes. Somos livres em Jesus para amar. Que a graça.. Oh, sim, a graça. Que a graça de Deus esteja sobre todos nós. Amém.

terça-feira, 26 de abril de 2011

< Pai >

É mais um aniversário teu que não passamos juntos, né Pai? Mas o Senhor está no controle de todas as coisas e já proveu um tempo pra nos reencontrarmos que será mais breve que pensamos. Ele já preparou tudo da melhor maneira e no melhor tempo.

Sabe pai, tenho reparado como a nossa sociedade gosta de homenagens. Atualmente criaram prêmios dos mais diversos e em todas as instâncias. O melhor isso, o melhor aquilo, a melhor do ano, a melhor de todos os tempos, o mais não sei o que, a mais faz tudo.. Enfim, vivemos numa bajulação enjoativa. Como se não bastasse o orgulho intrínseco, tratam de catapultar a altivez humana a níveis cada vez mais altos. Aqueles que não passam de relva (Isaías 40:7) acham-se no direito de merecer louvores. Na verdade, essa sede por elogios já é bem antiga (Gênesis 11:4; Mateus 23:5-7) e a crescente epidemia alastra-se sem limites também em nossa era.

É talvez esperável tal postura vir de um mundo que tenta viver sem Deus e Sua instrução, todavia fico assustado ao ver a mesma tendência infectar o cristianismo. Medalhas para o melhor teólogo, estatuetas para o melhor CD cristão e cerimônias para eleger a pessoas mais "espiritual" do acampamento? Será que apagaram de algumas Bíblias Romanos 12:2? Paulo aqui nos exorta: "Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus". Ao invés de inspirar-nos no glamour midiático, nas celebrações da "elite" social e nos eventos "solidários" televisivos à la carte (que talvez gastem mais com a infraestrutrua e os contratos que com as doações), temos o privilégio de beber de outra fonte. Lembremos dos Salmos, dos quais cito o 115:1: "Não a nós, Senhor, nenhuma glória para nós, mas sim ao teu nome, por teu amor e por tua fidelidade!".

Portanto, pai, quero me assemelhar ao salmista ao dizer que te amo e reconhecer seu valor em minha vida, retribuindo o devido crédito ao único digno: O Cordeiro (Apocalipse 4:11). Hoje celebramos o seu nascimento não porque você é perfeito, por que realizou grandes coisas, mas porque  você é, pela graça de Cristo, parte de uma história eterna, a História de Deus. Nós que não passamos de uma brisa efêmera, um vapor, uma neblina (Tiago 4:14), tivemos a chance de adentrarmos numa narrativa perene. Sua vida não terá fim nunca, pai! E, apesar de suas limitações, Jesus tem te usado pra exercer um impacto extraordinário na nossa família e em nossa comunidade. Você tem frutificado por permanecer na Videira. E nosso Deus tem utilizado até mesmo suas falhas e seus pecados pra derramar graça e edificação sobre nossa família. Você é único pela graça e pela misericórdia do Pai Celestial e isso não vem de ti. É dádiva do alto. Você, pai, é um presente do Céu pra mim, pra mamãe e pra Letícia. Na preciosidade singular do sangue de Cristo, teu valor é preenchido pelo infinito.

Obrigado por sempre desejar ser meu amigo, além de apenas pai no sentido biológico do termo. É uma benção ver o reflexo do Pai Eterno no meu pai terreno. Obrigado por não ter receio de pedir perdão para os seus filhos e admitir que nem sempre pensou e agiu da melhor maneira. Aprendo imenso com essa humildade. Obrigado por ser provedor para nosso físico, para o nosso intelectual, para o nosso social e para o nosso espiritual; o que engloba todos os anteriores. Obrigado por ser doce e amoroso com nossa mãe e me ensinar como se deve tratar uma mulher, desde quando eu nasci. Obrigado por ter sido duro, por ter me corrigido (inclusive com palmadas) e não me deixado virar uma obra do descaso e da libertinagem. Obrigado por me ajudar a distinguir o certo do duvidoso. Obrigado por me abrir a porta da fé e me revelar - mais com sua vida que com palavras - que existe um Deus que me ama incondicionalmente e que nunca vai me abandonar. Obrigado por ter entregado sua vida a Cristo, e por isso, exclusivamente por isso, ter sido o pai que foi, que é e que será pra mim e pra minha irmã.

Toda glória e todo louvor sejam dadas a Deus, mas seja honrado também meu pai. Se não fosse grato ao Senhor por ter me concedido você como pai, creio que estaria desagradando o Altíssimo e inclusive atacando uma de suas principais leis (Êxodo 20:12; Efésios 6:1-3). É um privilégio e uma enorme honra dizer que sou filho do Moura. Você é o melhor pai que eu poderia ter, pois foi escolhido, criado e propositadamente designado para o ser, pelo próprio Deus. Tenha um incrível dia na presença do nosso Senhor e Salvador, pai. Pois sem Ele, a vida nem sequer existe. Sem Ele, não faria qualquer sentido comemorá-la. Alegre-se no Senhor, pois o Seu Nome e a Sua fama são o desejo do nosso coração (Isaías 26:8)! Abraços do seu filho e irmão, que te ama demais,

Weslley Moura

Ouçam, meus filhos, a instrução de um pai; estejam atentos, e obterão discernimento.
Provérbios 4:1

quinta-feira, 10 de março de 2011

< Ainda >

A respeito da visita que me fez em Portugal, essa é especialmente pra Ovelhinha.. Minha irmã de sangue, pelo sangue e por causa do Sangue!

Obrigado. Sinceramente, obrigado! No início confesso ter ficado um pouco apreensivo com tua vinda pra cá. Pareceu-me doideira demais, entusiasmo, sei lá. Alguma impetuosidade. Contudo, creio no plano e direção de Deus nas nossas vidas e certamente tua visita foi providencial. Isso quer dizer que não havia situação qualquer imaginável melhor que essa. E como já tocamos no assunto, o  Senhor nos ensinou muitas coisas. Basta-nos agora reconhecê-las, focando naquilo que não se vê, na sede de assimilarmos o eterno (II Coríntios 4:18).

Notei que ainda não sei equilibrar bem as prioridades. Com o foco em correr atrás do mais barato, acabamos pagando caro. Até que chegou um ponto onde levantamos o lema: Fast food nunca mais! Rs.. Foi um bom tempo para experimentar como o dinheiro pode realmente nos tirar do foco. É insuficiente apenas rejeitar o amor pelo acúmulo e dispêndio desregrado de dinheiro. Há que acautelar com o apego excessivo pela economia a todo custo (Mateus 6:19-21).

Percebi que ainda me falta sensibilidade. Tirando fotografias sem aproveitar o momento; "sem experimentar o local" como você dizia. Registrei uma enormidade de imagens e perdi outra enormidade de "experiências" enquanto conhecia boa parte das cidades através das lentes da câmera. Além disso, fui insensível ao dizer coisas sem pensar, ao rotular seus gostos em função dos meus, ao minimizar aquilo que lhe era e é precioso. Me perdoe, peço mais uma vez. Mesmo tendo suposta pertinência minha análise, vi a importância de saber como usar as palavras - ou melhor - como pode ser oportuno simplesmente ficar calado (Provérbios 29:20; Tiago 1:19,20).

Enxerguei que ainda sou muito orgulhoso. Por não tão poucas vezes, tive problemas para ouvir suas sugestões e apoiá-las. Geralmente eu tinha uma idéia "melhor". Além disso, demonstrei confiar mais na minha "super capacidade" de viver sob auto-orientação, falhando por vezes na comunhão diária com Jesus através da Palavra (Isaías 40:7,8). Orgulho besta e infantil que resultou em vários e desnecessários momentos de stress (Provérbios 29:23).

Vi que ainda sou muito egoísta. Com sutileza, talvez tenha conseguido "pesar tua consciência" para deixar espaço suficiente na sua mala, onde iriam pertences que só interessavam a mim mesmo (Romanos 7:14-18).

Mas Ovelha, o "ainda" surge como um "por fazer", todavia também como um "já começou". Quero dizer que há o foco no inacabado, mas é possível em paralelo a noção de que já não se é mais o que se era anteriormente. Estou muito grato pois o Senhor Jesus já começou a me transformar nestas áreas há um certo tempo. Creio não sermos como éramos; e isto chama-se graça transformadora. Olho para o meu pecado e vejo um longo caminho de crescimento pela frente, mas ALELUIAS porque nunca mais seremos os mesmos (II Coríntios 5:17)! Que privilégio cursar o trajeto do amadurecimento preparado, fundamentado e concretizado pelo Criador (Filipenses 2:13).

Mas também aprendi que sou amado. Somos muito amados. Além do meu pecado, o cuidado de Deus conosco foi claro e nítido em cada detalhe, Sua proteção durante as viagens, Sua provisão de alimento, grana, hospedagem, experiências, alegria, paz, contatos, até meteorologia favorável, e muito mais. O Senhor nos reaproximou depois de um tempo de distância, não só física, mas também de coração. Já estávamos nos assemelhando àquela visão deturpada, e infelizmente recorrente, de irmãos que mais parecem desconhecidos. É bom estar de volta.. É bom ter você de volta.

Saudades, Ovelhinha! Amo você, maninha. Foi bom demais tê-la aqui durante meu aniversário e "férias". Acredito honestamente existirem ensinamentos inda por desvendar sobre esta tua visita ao Porto. É óbvio que não compartilhei tudo (o post já está enorme), mas ainda teremos um bom tempo pra recordar, reviver e projetar.

Ainda bem!

Meu filho, se você aceitar as minhas palavras e guardar no coração os meus mandamentos; se der ouvidos à sabedoria e inclinar o coração para o discernimento; se clamar por entendimento e por discernimento gritar bem alto, se procurar a sabedoria como se procura a prata e buscá-la como quem busca um tesouro escondido, então você entenderá o que é temer ao Senhor e achará o conhecimento de Deus. Pois o Senhor é quem dá sabedoria; de sua boca procedem o conhecimento e o discernimento. [...] Então você entenderá o que é justo, direito e certo, e aprenderá os caminhos do bem. Pois a sabedoria entrará em seu coração, e o conhecimento será agradável à sua alma. O bom senso o guardará, e o discernimento o protegerá.
Provérbios 2:1-6,9-11